Nariz
O nariz está bem no centro da face e, no perfil, sua ponta é a estrutura mais proeminente. Sua parte superior é óssea, imóvel; seus dois terços inferiores têm esqueleto cartilaginoso, móvel. Além de conferir beleza à face, possui a função de entrada e saída do ar do sistema respiratório, umidificando-o e aquecendo-o, e participa das funções de olfato e fonação.
A pele nasal varia entre indivíduos. A pele fina deixa o nariz anguloso e afilado, e o esqueleto nasal transparece. A pele grossa encobre o esqueleto, o nariz adquire uma forma redonda e a ponta se mostra bastante espessa, cheia de cistos. Em casos mais graves, torna-se uma patologia chamada de rinofima.
Abaixo da pele estão os músculos nasais, além deles há os elevadores da asa e o depressor da ponta (continuação do orbicular dos lábios) que fazem a dinâmica nasal, ocasionando rugas no dorso, abrindo as narinas e abaixando a ponta durante o riso.
O esqueleto é formado pelos ossos nasais superiormente, as cartilagens triangulares no terço médio e alares na ponta. Dividindo o nariz e fossas nasais ao meio, encontra-se o septo, formado também por uma parte cartilaginosa e outra óssea. O revestimento interno é constituído por uma mucosa bem vascularizada.
Esteticamente devemos analisar o nariz de forma isolada e em conjunto com a face. Os fatores a serem considerados durante o exame é o tipo de pele, a base nasal, forma da ponta. De perfil são observados a linha anterior nasal, a projeção da ponta e o ângulo nasolabial. Os objetivos estéticos são diferentes conforme o sexo. Narizes afilados e delicados muitas vezes não são adequados para o sexo masculino.
Antes da cirurgia é importante a pesquisa da função nasal. Síndromes alérgicas não são corrigidas com a cirurgia. Síndromes obstrutivas secundárias a desvio de septo e hipertrofia de corneto são passíveis de correção durante a rinoplastia.
Cirurgia - A rinoplastia compreende várias etapas e depende do formato de cada nariz.
Endorrinoplastia – Toda cirurgia é feita por incisões intranasais. Não há cicatrizes externas. Por meio destas incisões o cirurgião tem acesso ao septo, porção óssea nasal e ponta.
Exorrinoplastia – Há uma incisão externa entre as narinas (columela) que se estende internamente. Toda parte mole do nariz é solta. É útil para pontas nasais muito alargadas, assimetrias e casos de narizes já operados.
Osteotomia nasal – Na grande maioria dos casos é feita uma osteotomia dos ossos próprios do nariz para estreitamento da base nasal (a diferença entre osteotomia e fratura é que a primeira é um corte programado do osso e a segunda é ao acaso).
Cirurgias complementares:
Septoplastia – Correção de desvios septais.
Turbinoplastia – Redução de tamanho dos cornetos nasais.
Redução de asas nasais – São usadas incisões externas na base nasal. O intuito é reduzir narinas alargadas.
Mioplastia – Incisão do músculo depressor da ponta nasal para eliminar sua movimentação durante o riso. Em casos mais simples a abordagem é feita via nasal, em casos mais severos associados a lábios curtos, a abordagem é intraoral.
Aumento de mento (queixo) – Muitas vezes o aumento da projeção do mento junto com a rinoplastia equilibra o perfil do paciente. É feito com osteotomia e avanço ou por inclusão de prótese.
Rinoplastia de aumento – Quando o nariz apresenta deficiência de projeção em alguma região, precisa então de adição de volume. A cartilagem é o tecido de escolha por ser tecido do próprio paciente e não estruir; ela é obtida do septo nasal, da concha auricular ou costela. Em alguns casos, pode ser usada prótese de polietileno de alta densidade.
Bioplastia – É o aumento do nariz por meio de injeção de substância sintética (polimetilmetacrilato). Não realizo e não recomendo este procedimento pelos grandes riscos de complicações imprevisíveis como necrose e formação de granulomas.